Os centros suíços de refugiados atingem o ponto de ruptura

Os centros suíços para refugiados não podem mais acomodar o número crescente de requerentes de asilo. © Keystone / Christian Beutler

O grande afluxo de refugiados encheu os centros de alojamento até o ponto de estouro, obrigando as autoridades suíças a distribuir um maior número de requerentes de asilo aos cantões para abrigar.

A Suíça espera ver 22.000 pedidos de asilo até o final do ano, o que é quase 50% mais do que 2021. O número de pedidos no mês de setembro é o maior desde 2016.

Além disso, as autoridades esperam emitir cerca de 80.000 autorizações especiais S este ano para pessoas que fogem da guerra da Ucrânia.

A crise de alojamento é particularmente severa no oeste e noroeste da Suíça, apesar de 20 novos abrigos serem erguidos pelo exército em todo o país, declarou na terça-feira a Secretaria de Estado para as Migrações (SEM).

“Embora mais camas e alojamentos tenham sido disponibilizados e mais funcionários tenham sido recrutados em todas as regiões, a situação permanece muito tensa”, disse SEM, acrescentando que “quase não há mais camas livres”.

Portanto, é necessário que os cantões acolham temporariamente até 1.000 pessoas por semana, o dobro do limite anterior de 500.

Os requerentes de asilo rejeitados não podem mais ter 140 dias garantidos em centros de asilo federais, mas pessoas do Afeganistão e de outros países com alto risco de segurança, além de menores desacompanhados, continuarão a ser alojados em acomodações especializadas.

Alguns cantões têm estado ocupados com a conversão de salas de recreação polivalentes em acomodações temporárias em resposta à crise.