TSMC inicia produção em massa de semicondutores avançados 2nm
A gigante tecnológica de Taiwan TSMC iniciou a produção em massa de semicondutores avançados de 2 nanômetros (nm), que abrem as portas para um desempenho superior da inteligência artificial (IA), anunciou a empresa nesta quarta-feira (31, data local).
“A tecnologia de 2nm (N2) da TSMC iniciou a produção em série no quarto trimestre de 2025, como previsto”, informou o grupo em seu site.
Os chips serão “a tecnologia mais avançada da indústria de semicondutores em termos de densidade e eficiência energética”, destacou a TSMC. Eles vão ser produzidos na cidade portuária de Kaohsiung, sul do país.
A TSMC é a maior fabricante mundial de semicondutores, que são usados em uma série de itens, desde smartphones até mísseis. A empresa tem entre seus clientes a Nvidia e a Apple, que destinaram bilhões de dólares à aquisição de semicondutores, servidores e centros de dados.
Mais da metade dos semicondutores do mundo e quase todos os mais avançados, usados na tecnologia de inteligência artificial, são fabricados em Taiwan.
O investimento em IA disparou no mundo e deve chegar a cerca de US$ 1,5 trilhão (R$ 8,2 trilhões) em 2025 e US$ 2 trilhões (R$ 11 trilhões) em 2026, quase 2% do PIB mundial, segundo a empresa de pesquisas americana Gartner.
Os semicondutores de 2 nm têm um desempenho melhor e são estruturados para conter mais componentes-chave chamados transistores. A nova tecnologia vai ajudar a acelerar notebooks, reduzir a pegada de carbono dos centros de dados e permitir que os veículos autônomos detectem objetos mais rapidamente, segundo a gigante americana da informática IBM.
Para a inteligência artificial, “isso beneficia tanto os aparelhos dos consumidores, ao permitir uma IA mais rápida e eficaz nos dispositivos, quanto os chips de IA dos centros de dados, que podem operar grandes modelos com mais eficácia”, explicou Jan Frederik Slijkerman, do banco holandês ING.
Slijkerman ressaltou que a produção de chips de 2 nm é “extremamente difícil e cara”, e que poucas empresas conseguem fabricá-los, como a TSMC, a sul-coreana Samsung e a americana Intel.
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