Cada vez menos desemprego

Desemprego diminui pelo quinto mês consecutivo. Keystone

O desemprego na Suíça baixa em junho de 3,7% para 3,6%, alcançando as menores taxas desde julho de 2004. Situação dos estrangeiros é pior do que para nacionais.

No final de junho, 140 mil pessoas estavam inscritas nas agências de colocação. Genebra tem maior taxas de desemprego no país.

Uma luz deve estar surgindo no fim do túnel: apesar dos índices baixos de crescimento da economia, o governo suíço anunciou a diminuição, pelo quinto mês consecutivo, do índice de desemprego. De junho a julho, este baixou de 3,7% para 3,6%, ficando no mais baixo patamar dos últimos doze meses.

De acordo com a Secretaria de Estado para a Economia (SECO), no final do mês 140.661 pessoas estavam registradas nos centros de colocação. Isso significa que 4.709 pessoas encontraram um trabalho nesse espaço de tempo.

O número oficial de desempregados – que inclui também as pessoas registradas, mas que estão no momento participando de programas públicos de formação profissional ou recolocação – diminuiu em 3.767, passando para 210.257 pessoas. O número de vagas de trabalho não preenchidas aumentou em 150, passando para 9.597 empregos.

Cidades mais atingidas

Na parte alemã da Suíça, as taxas de desemprego são de apenas 3,1%. Este é muito mais elevado na parte francesa e no Tessin, onde se fala italiano: 4,9%.

A pior situação no mercado de trabalho é em Genebra, onde 7,9% da população ativa estão desocupadas. Em Zurique, a maior cidade helvética, o desemprego é de 3,9%. Os melhores índices são dos cantões de Appenzell Innerrhoden e Uri, com apenas 1,2%.

Desemprego jovem

De acordo com as estatísticas oficiais, a pior situação de desemprego na Suíça é das faixas etárias mais jovens. 4,3% das pessoas entre 15 e 24 anos estão sem ocupação.

Outra constatação é que a situação dos estrangeiros é normalmente pior do que para os suíços. Atualmente 6,4% da população ativa sem o passaporte da cruz estão sem trabalho. Dos suíços, apenas 2,7% não tem trabalho.

Fim da ajuda-desemprego

Segundo os números fornecidos pela SECO, 3.126 pessoas perderam a ajuda-desemprego desde abril.

Desse número, 894 pessoas ainda estão registradas nos centros de colocação e 468 encontraram um emprego nesse espaço de tempo.

Mais da metade (56%) do grupo que perdeu ajuda-desemprego, no total 1.764, não está mais registrada nos centros. Para os técnicos da SECO, são várias as possibilidades para explicar o “desaparecimento”: exercício de atividades lucrativas, renúncia ao mercado de trabalho, participação em cursos ou mesmo imigração.

Modelo europeu

Na atual discussão sobre o problema do desemprego na Europa, uma questão que foi recentemente levantada pelo primeiro-ministro britânico, Tony Blair, durante a reunião de cúpula de Bruxelas sobre o orçamento 2007-2013 da UE, a Suíça é apontada por muitos especialistas como um exemplo a seguir.

Enquanto o desemprego atinge níveis alarmantes em países como a Itália (8%), França (9,8%), Alemanha (10%) e Espanha (10%) – a zona do euro tem um índice de 8,9% – países que adotaram políticas mais liberais e cujas economias são mais flexíveis mostram sucesso: Suíça (3,6%), Irlanda (4,2%), Grã-Bretanha (4,5%) e Áustria (4,2%).

swissinfo com agências

Breves

Na Suíça, todas as pessoas registradas nas agências de colocações e que estão disponíveis para o trabalho são consideradas desempregadas, independentemente se recebem ou não ajuda-desemprego.

Outras pessoas estão registradas nas agências de colocação, mas não estão disponíveis para um emprego pois fazem parte de programas estatais de formação profissional ou de reintrodução no mercado de trabalho.