
O que fazem os universitários estrangeiros depois de se formar?

Um em cada cinco alunos do nível superior suíço vem do exterior. Após a formatura, quase 40% deixam o país, de acordo com um novo relatório do Departamento Federal de Estatísticas.
A nova publicação sobre as possibilidades de carreira dos estudantes universitários após a formatura, divulgada na segunda-feira (18), reforça um fato bem conhecido: os estudantes estrangeiros na Suíça estão super-representados, especialmente nos níveis mais alta da carreira acadêmica.

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Os estudantes suíços mostram sua cara
Cerca de 19% de todos os estudantes do nível universitário são imigrantes, segundo o relatório, o que torna a Suíça um dos países mais internacionais no sistema educacional. No entanto, para alunos de mestrado e doutorado em ciências aplicadas ou artes, essa proporção é ainda mais alta, 22% e 52%, respectivamente.
Os estudantes estrangeiros também são mais propensos a serem encontrados nas ciências naturais e técnicas do que nas ciências sociais ou educacionais. O relatório constatou que 65% são originários de outro país europeu, enquanto 17% são provenientes de fora da Europa.
Ficar ou ir embora?
Após a formatura, o relatório revela que os estudantes estrangeiros e locais seguem caminhos divergentes no mercado de trabalho. Mas sublinha que “o status de imigrante não parece ter uma influência quantitativa ou qualitativa sobre a integração no mercado de trabalho suíço”.
Os estudantes estrangeiros, embora um pouco menos propensos a trabalhar no setor público, são mais propensos a ocupar cargos gerenciais ou de direção. Eles também estão mais presentes nas grandes empresas. No entanto, isso é mais devido a fatores específicos, como o campo de especialização ou a idade após a formatura (os estudantes estrangeiros tendem a ser um pouco mais velhos), do que a uma diferença inerente.
Finalmente, o relatório conclui que, um ano após a formatura, 36% dos diplomados estrangeiros das universidades suíças se mudaram para o exterior. Os graduados em ciências econômicas estão super-representados neste caso, enquanto estudantes técnicos ou médicos não emigram mais do que seus homólogos suíços.
A maioria dos estudantes estrangeiros se deslocam para um país diretamente vizinho, afirma o relatório. Um quarto são transfronteiriços que trabalham na Suíça.
swissinfo.ch/fh

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