Bancos defendem sigilo.

Os bancos suíços lançam ofensiva em favor do sigilo bancário insistindo que "ele defende a esfera privada". Representantes do setor reúnem-se brevemente em Zurique no sentido de ampliar a informação sobre o assunto.

“O sigilo bancário defende a esfera privada”. Esta a publicidade veiculada por bancos suíços preocupados com as frequentes críticas estrangeiras sobre essa verdadeira instituição helvética. Para os representantes dos bancos essas críticas não têm fundamento e revelariam desconhecimento do sentido e da finalidade da praça financeira suíço. Daí a nova campanha destinada a retocar a imagem dos bancos suíços nesse domínio.
Ainda recentemente, a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômicos -OCDE – abordou a problemática do segilo bancário e da fraude fiscal, alfinetando a Suíça. O governo suíço tem sempre reagido a críticas desse gênero. Não faz muito tempo, o ministro suíço das Finanças (Kaspar Villiger) disse em Frankfurt: “a abolição do sigilo bancário não está na agenda”. E pesquisa do Ministério suíço das Finanças revelou que 73 por cento dos suíços defendem o sigilo bancário… E banqueiros suíços gostam de lembrar que o sigilo bancário é praxe generalizada na maioria dos países e é forte por exemplo na Grã-Bretanha e Luxemburgo.
Resta que o sigilo bancário suíço pode ser suspenso desde que haja suspeita de delito penal. Todos os anos chegam ao país numerosos pedidos de ajuda judiciária que são geralmente atendidos, por exemplo, quando há suspeita de desvio ou reciclagem de dinheiro. Uma das características do sigilo bancário suíço é que ele é mais dificilmente suspenso em caso de delito fiscal. (gb)