Bolsas de valores nacionais perdem espaço

A tendência atual é a concentração cada vez maior das operações em algumas bolsas de valores. Dentro de alguns anos, com a aliança entre bolsas continentais, só restarão quatro ou cinco bolsas no mundo. A previsão é diretora da bolsa suíça (foto).

As bolsas nacionais estão com o tempo contado e tendem a desaparecer. Dentro de alguns anos, haverá alianças continentais e só restarão quatro ou cinco bolsas no mundo. Isso vai ocorrer porque o mercado está exigindo custos menores e serviços eletrônicos automatizados. A previsão é da diretora da bolsa suíça, Antoinette Hunziker-Ebneter, em entrevista ao jornal “Le Temps”.

Na Europa, por exemplo, ainda existem 8 bolsas de valores mas elabora-se uma plataforma única de cotação. A diretora da bolsa suíça diz que não há outra alternativa e que a Europa terá de fazer como fez a Suíça, que integrou as bolsas de Genebra, Basiléia e Zurique, através de um sistema totalmente informatizado em que as ordens de compra e pagamento de ações são feitas de maneira inteiramente automática. Tecnicamente, a bolsa suíça está na vanguarda européia.

Surgem também instituições privadas concorrentes das bolsas como o ECN (Electronic Communication Networks), uma espécie de rede virtual de bolsas. A diretora suíça acha “salutar” essa concorrência mas não acredita que as bolsas sejam superadas porque o mercado “precisa de instituições imparciais e competentes” para fixar os preços.