Emergentes precisam de uma Bolsa

Bolsa de economias emergentes seria em Genebra Keystone

A idéia de uma Bolsa internacional do desenvolvimento foi lançada durante o Salão Internacional de mercados emergentes, em Genebra. Projetos e capacidades existem nesses países mas é difícil o acesso ao mercado de capitais.

O segundo Salão Internacional de mercados emergentes (EMA) visa promover as economias dos países do sul e do leste e conta com a participação de 40 países e 20 instituições. A idéia é justamente promover o encontro de projetos em andamento nesses países com investidores.

O EMA organiza também uma série de debates e é aí que surgiu a idéia de lançar uma Bolsa de valores do desenvolvimento. Nesses países as bolsas existem mas os investidores estrangeiros demonstram pouco interesse pelas pequenas empresas desses países que, muitas vezes, sequer têm meios de ser cotadas.

Por outro lado, mesmo nos grandes mercados, a tendência atual é de fusão das Bolsas de valores, como vem ocorrendo na Europa, e o Nasdaq, índice de valores de alta tecnologia, é quase inacessível aos novos projetos nos países emergentes, constataram especialistas no debate em Genebra.

“No sul há muita gente capaz de criar empresas rentáveis e com critérios rigorosos”, afirma Guy Mettan, presidente da Fundação EMA. “O problema é permitir o acesso aos mercados de capital”, acrescenta.

Lançada a idéia, o EMA pretende continuar o debate via Internet e estabelecer critérios antes de fase de concretização que poderá levar anos. E Genebra poderia ser uma das sedes possíveis da futura Bolsa dos emergentes.

swissinfo com agências.