SIG vai vender setor de armas

A empresa suíça SIG, especialista em embalagens, e mais conhecida pelos seus fuzis de assalto, decidiu desfazer-se do setor de armamentos. Processos nos EUA contra produtores de armas pesou na decisão.

A “Sociedade Industrial Suíça” (SIG, em alemão) realiza uma reestruturação geral que vai resultar na supressão de 370 empregos, a maioria (190) na Suíça e na Alemanha (cerca de 100). A empresa está sediada no Nordeste da Suíça (em Neuhausen, no cantão de Schaffausen). O objetivo é aumentar a produtividade, num momento em que o faturamento de SIG estagna.
A direção da empresa diz que vai vender o setor de armamentos para concentrar-se melhor na produção de embalagens (chocolate, biscoitos, queijo, bebidas etc) que representa 80 por cento da faturamento de SIG.

A divisão de armamentos da empresa produz fuzis de assalto, armas de caça e de esportes. Mas são os fuzis de assalto que representam o grosso da produção. Esse setor sofreu as conseqüências do fim de um contrato de fornecimento para o Exército suíço, registrando em 1999 baixa de 12 por cento.
Na decisão pesam também os processos iniciados nos Estados Unidos contra SIG. Como produtor de arma de fogo a empresa é também responsabilizada pela violência no país.

Assinale-se ainda que há poucos anos a imprensa brasileira denunciava a presença de fuzis SIG que entraram de contrabando no Brasil e eram utilizados por bandidos nas favelas do Rio.

Vale acrescentar que Ruag, produtor de armas e munições, cuja holding tem sede em Berna, capital suíça, negocia a aquisição do setor de armamentos de SIG. (gb)