Massacre de Luxor já esquecido, ou quase.

Encerrando visita de 3 dias ao Egito, o ministro suíço das Relações Exteriores, J. Deiss, depositou coroa de flores em memória dos 62 turistas massacrados há dois anos. Hoje, o Egito faz tudo para garantir segurança dos turistas.

Depositando uma coroa de flores junto ao santuário da deusa Hatchepsut, em Luxor, o ministro suíço das Relações Exteriores, Joseph Deiss (foto, à esquerda) prestou homenagem às vítimas do comentado massacre de Luxor. O massacre ocorreu em 17 de novembro de 1997, quando extremistas muçulmanos mataram nos arredores do templo de Hatchepsut 62 turistas, entre os quais 36 suíços.

O ministro suíço, em visita oficial, esteve no Egito principalmente para fortalecer os laços da Suíça com o país, principalmente na área econômica. Levou na comitiva número considerável de empresários. Ele mesmo realçou que “veio reconstruir com as autoridades egípcias relações em bases modernas”.
O gesto em Luxor foi para “não esquecer as vítimas e a dor das famílias”.

Enquanto isso, o Egito tem procurado proporcionar segurança aos turistas. Para o país, que recebe 4 milhões de visitantes por ano, o turismo é a principal fonte de renda. Dois anos depois do drama em Luxor turistas afluem como antes, a construção de hotéis está em plena expansão, e só no Nilo navegam 250 barcos de cruzeiro.

Enviado especial da Rádio Suíça Internacional questiona se as estritas medidas de segurança em vigor no Egito para proteger o turismo podem evitar novos dramas “num país onde as aspirações de uma parte da população é sacrificada ao liberalismo econômico, onde a imprensa não se arrisca a evocar a pobreza sem incorrer na ira das autoridades e onde nas prisões amontoam 10 mil prisioneiros políticos. (gb)