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Amorim recebe prêmio de Estadista Global para Lula

Amorim recebeu de Kofi Annan o prêmio concedido pelo WEF ao presidente Lula. Keystone

Impedido de comparecer ao Fórum Econômico de Davos por problemas de saúde, o discurso do presidente Lula foi lido pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

Este conteúdo foi publicado em 29. janeiro 2010 - 18:21

O chanceler recebeu das mãos do ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, o prêmio Estadista Global, atribuído pela primeira vez pelo WEF e com o qual o Fórum quis homenagear os oito anos de mandato de Lula.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a ideia de "reinventar o mundo e as instituições, porque está convencido de que "um outro mundo é possível."

Porto Alegre em Davos

Dessa maneira, o presidente brasileiro, em discurso lido pelo chanceler Celso Amorim, trouxe para o Fórum de Davos, nos Alpes suíços, o lema adotado há dez anos pelo Fórum Social Mundial.

Como viria a Davos para receber o prêmio de Estadista Global, atribuído pela primeira vez pelo WEF, o presidente Lula agradeceu a homenagem, mas ressaltou entender que o prêmio não era para ele e sim "para o Brasil e para o esforço do povo brasileiro."

Disse também que tem notado que o Brasil está na moda na imprensa internacional, "mas que o modismo é coisa fugaz e passageira e o Brasil quer e será ator permanente no cenário do novo mundo".

Através da leitura de Celso Amorim, o presidente disse que "o Brasil quer ajudar a construir este novo mundo, que todos sabemos não é apenas possível, mas dramaticamente necessário, como ficou claro na recente crise financeira internacional – mesmo para os que não gostam de mudanças".

De 2003 a 2010

Depois de descrever e citar números das mudanças implementadas no Brasil nos sete anos de seu governo, o presidente lembrou a primeira vez que esteve no Fórum de Davos, em 2003, em que "o Brasil era visto com desconfiança".

Ele questionou os presentes a respeito do que aconteceu no mundo nos últimos sete anos. E disse que fazia a pergunta "como simples cidadão do mundo", antes de afirmar que continuam as guerras absurdas, a destruição do meio ambiente, a que assistimos com "compaixão hipócrita".

Quantas tragédias?

"Por que não fazemos um jogo em que todos possam ganhar, mesmo em quantidades diversas, mas que ninguém perca o essencial?", questionou.

"Por que não caminhamos nessa direção de maneira deliberada e não empurrados por crises, guerras e tragédias? No ano passado, vimos onde a especulação financeira pode nos levar. Quantas crises serão necessárias para que mudemos? Quantas hecatombes têm que ocorrer para que decidamos fazer o correto?", questionou novamente.

Antes de terminar seu discurso, o presidente afirmou: "Não sou apocalíptico, sou otimista, mais do que nunca nosso destino está em nossas mãos. O mundo tem de recuperar sua capacidade de criar e sonhar."

Esse otimismo e sua capacidade de liderança foram elogiados pelo ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, encarregado de entregar o prêmio.

"Seu caminho de uma infância de pobreza até se tornar um estadista respeitado no mundo todo é destacável e deve inspirar a todos. Além disso fez sua a luta contra desigualdades de seus país e do mundo", disse Annan.

Claudinê Gonçalves, swissinfo.ch

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