Russos não querem lixo nuclear da Suíça

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Ecologistas russos e a seção suíça de Greenpeace denunciam pressões das centrais nucleares suíças para exportar lixo para a Rússia. Por enquanto, as leis dos dois países proibem esse comércio avaliado em US 21 bilhões nos próximos 10 anos, na Rússia.

A organização ecológica Greenpeace e ecologistas russos denunciaram em Berna a “passividade” das autoridades federais na Suíça. Sexta-feira, um comunicado da Divisão Federal de Energia afirmou que não via incovenientes na eventual compra de combustível originário do desarmamento russo.

A seção suíça de Greenpeace pede uma posição clara do governo suíço a esse respeito. “Nossa região não deve ser um depósito nuclear da Europa. Não estamos preparados e não temos tecnologia para isso”, afirmou Alexandre Nikitine, conhecido por ter denunciado as más condições de manutenção da frota nuclear russa.

Os ecologistas denunciam dois projetos entre as centrais nucleares suíças e o Ministério russo da energia atômica (Mînatom). A importação de combustível e a exportação de lixo nuclear.

Atualmente, a legislação russa proibe a importação de material radioativo e a legislação suíça proibe a exportação de lixo nuclear. No entanto, o Ministério russo vem fazendo pressões pela mudança da legislação, segundo os ecologistas russos. Eles já coletaram 2,5 milhões de assinaturas na Rússia para tentar evitar a mudança da lei. “A Suíça deve respeitar a vontade dos russos”, afirmam os ecologistas russos.

Em 2001, a legislação suíça sobre a energia nuclear será revisada e a seção suíça do Greenpeace afirma que as centrais vão exigir o direito de exportar lixo. Terça-feira, os ecologistas russos serão recebidos no ministério das Relações Exteriores e no ministério do Meio Ambiente, em Berna.

swissinfo com agências.