
Ex-mulher de Biggs fala na Suíça

"Eu lutei para que ficasse no Brasil e agora ele resolve voltar". A afirmação é da brasileira Raimunda Rothen de Castro, primeira exposa de Ronald Biggs no Brasil e mãe do filho que permitiu que o inglês não fosse extraditado. Ela vive na Suíça e deu entrevista exclusiva ao jornal "Le Matin".
“O problema de Biggs no Brasil é que ele não tinha passaporte e não queria morrer incógnito. Mas ele também sempre teve saudade do pudim inglês, da cerveja e do scotch”.
Em entrevista concedida em Genebra e divulgada nesta terça-feira pelo jornal “Le Matin”, de Lausanne, a brasileira Raimunda Rothen de Castro ajuda a explicar as razões que levaram Ronald Biggs a voltar para a prisão na Inglaterra.
Ela foi a primeira esposa de Biggs no Brasil e teve um filho com ele, 26 anos atrás. Isso impediu que ele fosse extraditado para a Inglaterra, onde estava condenado a 30 anos de prisão. Raimunda viveu 6 anos com Biggs e posteriormente veio para a Suíça, casou-se, teve outros filhos e mora até hoje em Genebra.
Na entrevista ao jornal suíço, Raimunda Rothen afirma que viveu com Biggs, no Rio, um ano e meio, ignorando sua verdadeira identidade. Ao saber de sua verdadeira história, lutou para que ficasse no Brasil e agora “teme” que o fato de estar preso na Inglaterra “precipite o fim de sua vida”.
A senhora Rothen afirma ainda que, enquanto ele tinha boa saúde nunca havia cogitado em voltar para a Inglaterra. Ele teria falado do assunto ao filho, Mike, pela primeira vez, três meses atrás. Ele também teria a intenção de permitir que o filho tenha um passaporte britânico.
Raimunda afirma ainda que sempre manteve amizade com Biggs e que se falavam com freqüência. Ela pretende visitá-lo, na prisão, nos próximos dias.
swissinfo com agências

Certificação JTI para a SWI swissinfo.ch
Mostrar mais: Certificação JTI para a SWI swissinfo.ch
Veja aqui uma visão geral dos debates em curso com os nossos jornalistas. Junte-se a nós!
Se quiser iniciar uma conversa sobre um tema abordado neste artigo ou se quiser comunicar erros factuais, envie-nos um e-mail para portuguese@swissinfo.ch.