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Dois mortos e 5 feridos em ataque a militantes de esquerda em El Salvador

Caminhonete que transportava simpatizantes do partido Frente Farabundo Martí para la Liberación Nacional (FMLN) foi alvo de ataque com armas de fogo perto em San Salvador afp_tickers

Duas pessoas morreram e cinco ficaram feridas em um ataque no domingo contra uma caravana de militantes da Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN, esquerda) em El Salvador, a menos de um mês das eleições legislativas no país.

“Isto é grave, a disputa eleitoral não pode virar um banho de sangue”, afirmou o procurador-geral Raúl Melara, que anunciou a detenção de três pessoas e a abertura de uma investigação.

O ataque aconteceu poucos dias depois das críticas do presidente Nayib Bukele aos acordos de paz assinados entre o exército e a então guerrilha para acabar com a guerra civil em 1992.

“Nunca havíamos vivido algo tão dramático nos 29 anos de acordos de paz”, reagiu o secretário-geral da FMLN, Óscar Ortiz.

A deputada do hoje partido político FMLN Nidia Díaz afirmou que o incidente aconteceu no centro de San Salvador quando “impunemente” o agressor “atravessou um carro, desceu com uma pistola na mão e começou a atirar” contra caravana.

“Este é o ódio fomentado por Bukele”, disse.

Para Ortiz, no país está se configurando “uma campanha deliberada de ódio, de construção de confronto social desnecessário entre salvadorenhos e salvadorenhas”. Ele criticou o presidente.

Díaz afirmou que a Procuradoria vai investigar o crime, que “não pode ficar na impunidade”.

Ele confirmou que três pessoas foram detidas.

Bukele comentou sobre a investigação, destacando que os três indivíduos estavam a bordo de um carro azul. Um deles, o atirador, era “ao que parece” um agente de segurança de personalidades importantes designado no ministério da Saúde, que retornava de um estádio depois de assistir a final de um torneio local de futebol.

Dois suspeitos, incluindo o suposto atirador, foram operados porque apresentaram ferimentos de tiros.

Bukele disse ainda que a polícia também deteve dois militantes da FMLN, “suspeitos” de atirar contra o agente de segurança.

O presidente anunciou no Twitter que “todos os responsáveis pagarão por seus atos”.

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