Lançamento de satélites da Nasa para estudar furacões é cancelado novamente
O lançamento de uma frota de oito micro-satélites da Nasa para precisar e medir melhor a potência das tempestades tropicais e dos furacões foi cancelado novamente nessa quarta-feira (14) sem prazo determinado, como indicou a agência espacial.
“O lançamento do CYGNSS, previsto para a quarta, dia 14 de dezembro, foi postergado de novo por causa de um problema com os parâmetros do programa de voo do foguete”, especificou a Nasa em um comunicado publicado na noite de terça-feira (13).
“A próxima tentativa de lançamento ocorrerá assim que os resultados das provas que estão sendo feitas sejam conhecidos”, acrescentou a agência.
Já é a segunda vez que o lançamento é adiado. Na segunda-feira (12) a primeira tentativa foi cancelada devido ao mau funcionamento do mecanismo de funcionamento da aeronave, que voltou a aterrissar na base da Força Aérea dos Estados Unidos de Cabo Cañaveral, na Flórida, de onde havia decolado.
O foguete Pegasus, contendo três etapas de 22,6 toneladas e 17 metros de comprimento, transportará os satélites do programa CYGNSS (Cyclone Global Navigation Satellite System Mission) e será lançado do avião trijet L-1011 Stargazer, a 12.000 metros de altitude sobre o oceano Atlântico.
A ignição do motor da primeira etapa do Pegasus ocorre cinco segundos depois que se solta do foguete.
Os oito micro-satélites serão colocados em órbita terrestre a 500 km de altitude acima do Equador, onde são formadas a maioria das tempestades tropicais e furacões.
Com um custo de 157 milhões de dólares, a missão CYGNSS medirá a velocidade do vento sobre os oceanos melhorando a capacidade dos cientistas em entender e prever os furacões.
Os satélites, que pesam cada um 64 kg e que com os painéis solares desacoplados têm o tamanho de um cisne adulto, obterão seus dados provenientes de sinais de quatro outros satélites a partir da rede de GPS.
Essa informação é importante para ajudar os meteorologistas a determinar se as tempestades tropicais ganham ou perdem força, o que é difícil estimar com os instrumentos dos satélites atualmente desacoplados.
Esses últimos não podem penetrar em fortes chuvas e os aviões “caçadores de furacões” podem voar apenas sobre algumas partes específicas das tempestades, e não com frequência suficiente para perceber sua evolução.
Os oito micro satélites devem entrar em operação em até 5 anos.