A cada ano, cerca de trinta homens e mulheres em trajes de época atravessam os Alpes por trilhas antigas com mulas e burros carregados de mercadorias. No caminho de 150 km que liga o lago de Lucerna a Domodossola, na Itália, a caravana é acompanhada por muitos passantes.
Sou responsável da distribuição e dos canais de mídia social da redação de língua portuguesa, produzo reportagens e conteúdo multimídia, além de adaptações em português.
Suíço-brasileiro formado em jornalismo e comunicação social pela Universidade de Friburgo, Suíça. Ex-colaborador da antiga Rádio Suíça Internacional (RSI), que deu origem à SWI swissinfo.ch.
Durante séculos, os “Säumer” ou tropeiros, cuidaram do transporte pelos Alpes de diversas mercadorias destinadas à Itália. O queijo suíço Sbrinz fazia parte dessas exportações. No caminho de volta, os tropeiros traziam vinho, arroz, castanhas, seda e especiarias. Os mercadores ficavam com os lucros e os tropeiros com os calos no pé.
Estas viagens eram difíceis e perigosas. Mudanças de temperatura, mudanças bruscas de tempo, bandidos e traficantes complicavam a vida dos Säumer.
Hoje, o turismo desenvolvido por essas trilhas garante o sustento das famílias que moram nesses vales remotos. Mas restaurar a rota do sbrinz por esses caminhos é mais do que uma atração turística. É uma viagem ao passado que surpreende pela sua extrema lentidão.
(Fotos e som: Daniel Rihs; texto: Daniel Rihs, Gaby Ochsenbein, swissinfo.ch)
Adaptação: Fernando Hirschy
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