Piñera promete ser presidente da ‘unidade e mudança’ no Chile
O candidato de direita à presidência do Chile, Sebastián Piñera, prometeu nesta quinta-feira ser o governante da “unidade” se vencer no domingo o segundo turno das eleições, contra o governista Alejandro Guillier.
“Vou ser o presidente da unidade, da mudança, do progresso, do futuro e da esperança”, disse Piñera, que governou o Chile de 2010 a 2014, em seu último comício.
Após o tropeço sofrido no primeiro turno, em 19 de novembro, quando obteve 36,6%, quase dez pontos a menos do que o previsto nas pesquisas, Piñera afirmou nesta quinta que os chilenos querem “mudanças profundas, mas bem feitas, baseadas no diálogo e não no confronto”.
O ex-presidente, que encerrou a campanha em um teatro no centro de Santiago, diante de cerca de 3 mil pessoas, recebeu o apoio de vários ex-mandatários, como o espanhol José María Aznar, os colombianos Andrés Pastrana e Álvaro Uribe, e o mexicano Felipe Calderón.
Piñera pediu o voto dos menos favorecidos e da classe média para colocar em marcha seu lema de campanha: “Tempos melhores”, com mais empregos, salários e melhores aposentadorias, além do combate ao crime e a promoção da saúde para todos.
“Se sente, se sente, Piñera presidente”, gritava o público, majoritariamente feminino, procedente de muitos bairros periféricos de Santiago.
Se vencer, Piñera será o único político de direita a governar o Chile em duas ocasiões, ao final de um longo caminho que sempre trilhou junto ao manejo de seus negócios, que o levaram a ter hoje uma fortuna avaliada em 2,7 bilhões de dólares, segundo a revista Forbes.
No domingo, 13,4 milhões de chilenos estão convocados a votar para definir o sucessor da socialista Michelle Bachelet a partir de 11 de março de 2018.
Piñera enfrentará Alejandro Guillier, candidato de Bachelet e durante três décadas repórter, editor chefe e apresentador dos principais telejornais do país, que o tornaram um dos jornalistas de maior credibilidade do Chile.