Suíços do estrangeiro dúvidam da validade da eleição
Nos vilarejos é mais fácil votar: em Medel, no cantão dos Grisões, um eleitor coloca o voto na urna em 19 de outubro de 2019, um dia antes das eleições.
Keystone
Os suíços do estrangeiro têm direito de voto, mas não puderam fazê-lo nas eleições em 20 de outubro. Muitos já passaram por essa situação. A frustração é profunda, como demonstram as reações recebidas através do aplicativo swissinfo.ch e das redes sociais.
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Meu trabalho se adapta às necessidades da redação. Atualmente, gerencio a distribuição do conteúdo da SWI swissinfo.ch nas mídias sociais.a
Depois de concluir uma formação profissional como paisagista, jardinagem e construção, estudei arte. Depois de muitos anos como diretor artístico de uma instituição em Zurique, mudei meu foco para mídia e sou um desenvolvedor comunitário na SWI swissinfo.ch desde 2016.
Trabalho como editor e correspondente no Palácio Federal. Eu escrevo sobre política suíça para a redação "Suíços do estrangeiro" e modero o debate televisivo "Let's Talk".
Comecei no jornalismo local no início dos anos noventa e trabalhei em diferentes áreas. Ocupei cargos de gerência e cobri uma variedade de tópicos. Entrei para a SWI swissinfo.ch em 2017.
A insatisfação é grande. Se a lei permite a participação política dos suíços do estrangeiro, na prática a maioria não vota. O envelope contendo o material eleitoral (incluindo também as cédulas) chega demasiado tarde para ser enviado a tempo de volta à Suíça.
A situação desse grupo de eleitores piorou nas eleições federais de 2019: os sistemas de voto eletrônico não foram utilizados por uma decisão oficial frente à temores de problemas de segurança. Porém a questão da legitimidade fica aberta.
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O fato de suíços estrangeiros terem dificuldades em participar das eleições e plebiscitos parece, por enquanto, ser considerado um mal menor em comparação com os riscos de segurança.
Muitos manifestaram sua insatisfação. “Se os eleitores não podem exercer seus direitos, a eleição deveria então ser anulada”, afirmou um suíço do estrangeiro nas redes sociais, argumentando que um protesto deveria ser enviado às autoridades.
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A ASO comparou a taxa de participação dos suíços no exterior em 2015 e 2019 nos cantões que ainda ofereciam a possibilidade de votar por via eletrônica. Os números mostram que a desistência do governo de utilizar sistemas eletrônicos teve como consequência uma queda na taxa de participação do suíço do estrangeiro de 10%.
– No cantão de Genebra a participação caiu de 32% para 21%.
– No cantão de Lucerna: de 32,1% a 23,4%.
– Na Basileia-cidade: de 26% a 19,2%.
Em comparação com os números dos plebiscitos de 19 de maio de 2019, a ASO também constatou que outros cantões (Argóvia, Lucerna e Vaud) que ainda ofereciam votação eletrônica, registraram uma queda de 10% na participação eleitoral dos suíços do estrangeiro.
Grupo mais liberal e verde
Os suíços do estrangeiro têm um posicionamento diferente dos eleitores no país. Os resultados em dez cantões, cujos dados estavam disponíveis, mostram que uma maioria votou no Partido Verde e menos no Partido do Povo Suíço (SVP, na sigla em alemão, direita nacionalista).
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