Suíça progride em matéria de igualdade de gênero, mas problemas permanecem

Uma greve nacional das mulheres em junho de 2019 exigiu, entre outras coisas, melhores salários e o fim da violência contra as mulheres. Ainda é necessário progresso nestas questões. © Keystone / Martial Trezzini

Especialistas independentes da ONU disseram na sexta-feira que a Suíça fez avanços em certas áreas, mas precisa investir mais em outras.

Falando em uma reunião em Genebra do Comitê para a Eliminação da Discriminação contra a Mulher (CEDAW), eles saudaram a estratégia de igualdade de gêneroLink externo do governo para 2030Link externo, que está de acordo com recomendações anteriores do comitê, de acordo com a relatora da CEDAW sobre a Suíça Corinne Dettmeijer-Vermeulen.

Em termos de avanços, os especialistas da CEDAW também apontaram para uma melhor representação das mulheres na política, um plano nacional contra a violência doméstica e a introdução de duas semanas de licença de paternidade. Mas Dettmeijer-Vermeulen disse que o comitê continua preocupado com várias questões, incluindo as diferenças de recursos para homens e mulheres após o divórcio e as diferenças entre os cantões nas taxas de condenação por estupro. A falta de um orçamento nacional para as questões de gênero também está em “contradição” com a estratégia política alardeada pelo governo, disse ela.

A delegação do governo suíço admitiu que ainda são necessários esforços, notadamente para reduzir a diferença salarial entre os sexos e a violência contra as mulheres.

Espera-se que a CEDAW produza um relatório oficial com recomendações em uma data posterior. Atualmente, ela também está analisando os registros de igualdade de gênero de Honduras, Gâmbia e Ucrânia, onde a sociedade civil expressou preocupaçãoLink externo com o aumento da violência sexual como resultado da agressão russa.