Prisão preventiva para organizador de festa em boate onde morreram 13 no Peru
Um juiz determinou 18 meses de prisão preventiva para Job Luque, suspeito de ter organizado uma festa proibida em uma boate onde morreram 13 pessoas há uma semana, depois que uma intervenção da polícia no local provocou uma confusão.
“Determina-se 18 meses de prisão preventiva para Job Luque, investigado por homicídio simples contra 13 pessoas e violação de medidas sanitárias contra a sociedade por fatos ocorridos na discoteca Thomas Restobar”, informou o Poder Judiciário pelo Twitter.
Luque, de 37 anos, deve ser preso em um estabelecimento penal do Instituto Nacional Penitenciário (Inpe). A decisão do magistrado Alberto Dejo Apaestegui ocorreu na noite de sexta-feira, após uma audiência que durou várias horas.
Luque e sua companheira, Yudith Ortega, são apontados como os organizadores da festa proibida na boate, localizada no populoso distrito de Los Olivos, ao norte de Lima, onde 13 pessoas (doze mulheres e um homem) morreram no sábado passado por asfixia mecânica e traumática, segundo a polícia.
Houve uma correria quando a polícia entrou no local para acabar com a festa, onde havia 120 pessoas, violando a norma que proíbe reuniões coletivas no Peru devido ao estado de emergência sanitário devido à covid-19.
O advogado de Luque, Marcelo Videla, informou que seu cliente não tinha conhecimento dos eventos clandestinos que eram realizados em seu estabelecimento.
O presidente peruano, Martín Vizcarra, pediu na segunda-feira uma investigação rigorosa das mortes na boate.
O Ministério do Interior anunciou uma investigação para verificar se a polícia cumpriu com os procedimentos previstos nas intervenções em locais públicos. A polícia negou as irregularidades.
No Peru, as festas e reuniões sociais ou familiares estão proibidas pela pandemia, que infectou mais de 629.000 pessoas e matou 28.471, segundo o balanço oficial.