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Trump parabeniza o papa Leão XIV, uma ‘grande honra’ para os EUA

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O presidente americano, Donald Trump, parabenizou Leão XIV, o primeiro papa dos Estados Unidos, em uma mensagem em sua rede Truth Social nesta quinta-feira (8). 

“Parabéns ao cardeal Robert Francis Prevost, que acaba de ser nomeado papa. É uma grande honra saber que ele é o primeiro papa americano. Que emoção e que grande honra para o nosso país”, disse ele. 

“Estou ansioso para conhecer o papa Leão XIV. Será um grande momento!”, acrescentou.

Mais tarde, Trump falou brevemente com jornalistas fora da Ala Oeste sobre o novo papa, que é originário de Chicago, mas também tem nacionalidade peruana.

“Que maior honra pode haver. Estamos um pouco surpresos, mas muito felizes”, comentou.

Trump ignorou a pergunta de um jornalista, que quis saber se ele se arrependia de ter publicado uma imagem produzida com inteligência artificial, na qual aparece vestido de sumo pontífice menos de uma semana depois de assistir ao funeral do papa Francisco, em Roma. 

Na semana passada, brincou dizendo que gostaria de suceder ao papa Francisco: “Gostaria de ser papa, essa seria minha opção número um”, afirmou.

Para o conclave, o republicano negou ter preferências, mas assinalou que havia um cardeal em Nova York que era “muito bom”, em uma aparente referência a Timothy Dolan.

O chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, um católico conservador, também reagiu à eleição do novo líder da Igreja Católica.

“Os Estados Unidos desejam aprofundar sua relação duradoura com a Santa Sé com o primeiro pontífice norte-americano”, declarou Rubio em um comunicado.

O presidente Trump teve uma relação complicada com o papa anterior.

Francisco, que recebeu Trump no Vaticano durante seu primeiro mandato, em 2017, em uma audiência de meia hora, o criticou por suas posições contra os imigrantes.

Após a volta do republicano ao poder, em 20 de janeiro, o pontífice, um jesuíta, grande defensor dos excluídos, manteve as críticas.

A expulsão de “pessoas que, em muitos casos, abandonaram seus países por razões de extrema pobreza, insegurança, exploração, perseguição ou grave deterioração do meio ambiente, atenta contra a dignidade de muitos homens e mulheres”, lamentou, em uma carta incomum dirigida aos bispos americanos e publicada pelo Vaticano. 

No texto, Francisco também pediu “uma fraternidade aberta a todos, sem exceção”, deixando de lado “a identidade pessoal, comunitária ou nacional”.

Muitos comentaristas interpretaram essas palavras como uma lição de teologia para o vice-presidente americano, J.D. Vance, que invoca um preceito da doutrina católica denominado “ordo amoris” — “ordem do amor” — para justificar a política antimigratória, afirmando que a caridade cristã deve beneficiar primeiro os mais próximos no lugar dos estrangeiros.

dk/erl/mar/aa/mvv/rpr

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