UE e ONU pedem ação urgente ante crise de refugiados venezuelanos
A União Europeia e duas agências da ONU para migrantes e refugiados pediram nesta quarta-feira (23) uma “ação urgente” diante da crise dos refugiados venezuelanos, tema central de uma conferência internacional em Bruxelas na próxima semana.
“A fuga dramática de milhões de venezuelanos e venezuelanas se tornou uma das mais graves crises de deslocamento do mundo e a maior da história da região”, disseram as três organizações em um comunicado conjunto.
A UE, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) pedem “ações urgentes”, dias antes da conferência internacional que acontece nos dias 28 e 29 de outubro, em Bruxelas.
“Dado o deslocamento de 4,5 milhões de pessoas, são necessárias ações”, disse a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, enfatizando que também busca “aumentar a conscientização sobre a gravidade da crise”.
O diretor-geral da OIM, António Vitorino, defendeu o apoio aos países latino-americanos que hospedam milhões de venezuelanos e pediu a doadores, agências de cooperação e setor privado que “dupliquem seus esforços”.
O Acnur calcula que cerca de quatro milhões de venezuelanos emigraram desde o final de 2015, em virtude da crise política e econômica que assola o país.
A conferência, que busca enviar uma mensagem de que “o mundo não esqueceu os refugiados e dos países anfitriões”, nas palavras do chefe do Acnur, Filipo Grandi, reunirá ministros das Relações Exteriores, atores humanitários, membros da sociedade civil, setor privado e instituições financeiras.