Venezuela rejeita declaração de chanceleres sobre referendo
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela rejeitou nesta sexta-feira a declaração do grupo de chanceleres latino-americanos, liderados pelo ministro José Serra, que questionou o papel do organismo no trâmite para o referendo revogatório do mandato do presidente Nicolás Maduro.
Em um comunicado, o CNE qualificou de “falsa” a afirmação dos chanceleres de Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, México e Peru de que as condições estabelecidas inviabilizam a realização da consulta ainda este ano.
“Tal afirmação é falsa e ignora a legislação venezuelana”.
Em um comunicado emitido na véspera, os seis chanceleres expressaram sua “preocupação” com a decisão do CNE de adotar uma série de medidas “que têm o efeito de adiar a realização do referendo revogatório para 2017, afetando assim o sentido da consulta”.
O grupo manifestou “apoio e sua disposição de contribuir para a realização de um diálogo entre o governo e os distintos atores políticos e sociais venezuelanos, que permita, através do entendimento mútuo, promover a estabilidade política, a recuperação econômica e o pleno respeito aos direitos humanos”.
A carta é firmada por José Serra e por seus colegas de Argentina, Susana Malcorra; Chile, Heraldo Muñoz; Paraguai, Eladio Loizaga; México, Claudia Ruiz Massieu; e Peru, Ricardo Luna.
O CNE anunciou no dia 21 de setembro que a oposição poderá recolher as quatro milhões de assinaturas requeridas para chamar o referendo em 26, 27 e 28 de outubro.
Diante dos prazos, segundo o CNE, a consulta acontecerá entre fevereiro e março do ano que vem, o que garante ao chavismo permanecer no poder até a próxima eleição presidencial, prevista para 2018.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou no dia 21 de setembro que a oposição poderá recolher as quatro milhões de assinaturas requeridas para chamar o referendo em 26, 27 e 28 de outubro.
Diante dos prazos, segundo o CNE, a consulta acontecerá entre fevereiro e março do ano que vem, o que garante ao chavismo permanecer no poder até a próxima eleição presidencial, prevista para 2018.
A discussão ocorre em meio à crise política e a uma severa escassez de alimentos e remédios no país, onde a inflação galopante é calculada pelo FMI em 720% para este ano.