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Bancos portugueses querem reduzir aporte do Estado no resgate do BES

Sede do banco, em Lisboa afp_tickers

Os bancos portugueses propuseram nesta terça-feira reduzir a participação do Estado no plano de socorro do Banco Espírito Santo (BES) e ampliar sua própria contribuição, afirmou uma fonte do setor bancário citado pela imprensa.

O Banco Novo, a entidade criada no domingo passado pelo Banco de Portugal e o governo para reunir os ativos saudáveis do BES, conta com uma injeção de capital de 4,9 bilhões de euros do Fundo de Resolução alimentado pelos bancos portugueses, criado em 2012 a pedido da tróica UE-BCE-FMI para encarar a crise.

Os bancos propõem reduzir a participação do Estado português, que inicialmente deveria contribuir com 4,4 bilhões de euros ao Fundo de Resolução, para 3,9 bilhões de euros, assumindo a diferença de 635 milhões de euros, que se somarão aos 367 milhões que o Fundo já possui.

Deste modo, os bancos esperam criar as condições para vender o mais cedo possível o Banco Novo, para que “o Fundo de Resolução possa recuperar o máximo do capital aportado ao novo banco”, segundo a mesma fonte.

Nesta terça-feira, o ex-presidente executivo do Banco Espírito Santo, Ricardo Salgado, pagou uma fiança de três milhões de euros após ser preso e liberado no último 24 de julho, sob suspeita de lavagem de dinheiro – segundo a imprensa local.

Após ser interrogado durante cerca de sete horas por um juiz de instrução em Lisboa, Salgado, de 70 anos, foi processado por “fraude, abuso de poder, falsificação e lavagem de dinheiro” antes de ser posto em liberdade mediante pagamento da fiança.

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