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Suíça tem interesse pela biotecnologia cubana

Centro de engenharia genética e biotecnologia de Havana, um dos polotos científicos cubanos. CIGB

Uma delegação suíça incia hoje (13.02) uma visita oficial de uma semana a Cuba. O obtivo é discutir formas de colaboração nas pesquisa em biotecnologia.

A delegação de oito pessoas é chefiada pelo secretário de Estado para Educação e Pesquisa, Charles Kleiber.

Esta é segunda visita de uma delegação científica a Cuba nos últimos anos. A primeira foi em 2002. Desde então, a Suíça cofinancia dois projetos no setor de oncologia e de urbanismo.

“As relações com Cuba na área científica ainda podem melhorar um pouco e esperamos reforçá-las durante essa viagem”, explica Charles Kleiber a swissinfo.

O objetivo dessa visita será avaliar a evolução de pesquisa cubana, essencialmente no setor de biotecnologia.

“Como trabalham esses pesquisadores? Com quem eles colaboraram? Que podemos aprender da experiência deles?” são algumas das questões que o secretário de Estado pretende esclarecer.

A delegação é composta de representantes do meio científico e político. Entre eles está o socialista Franco Cavalli, que dirige o Instituto de Oncologia da Suíça Italiana, o decano da Faculdade de Ciências da Vida da Escola Politécnica Federal de Lausanne, Didier Trono, e o futuro reitor da Universidade de Basiléia, Antonio Loprieno.

Forçar o destino

Segundo observadores, o desmantelamento da União Soviética e o embargo comervcial dos Estados Unidos forçaram Cuba a procurar soluções próprias para seus problemas de saúde pública.

Mesmo se faltam recursos, o setor de biotecnologia é um dos mais avançados dos países em desenvolvimento. Cuba exporta seus produtos biotecnológicos para mais de cinqüenta países, principalmente na América Latina, Leste Europeu e Ásia.

Os pesquisadores cubanos se concentraram na elaboração e produção de vacinas. Criaram, por exemplo, a única vacina existente contra um tipo de meningite.

Certas instituições científicas cubanas, como o Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia de Havana, fizeram descobertas importantes.

Atualmente, os pesquisadores cubanos trabalham em projetos de vacina contra dengue, vacina preventiva e terapêutica conta a Aids, contra a cólera e contra o câncer.

A gigante farmacêutica GlaxoSmithKline vai brevemente termina os testes clínicos de uma vacina contra a meningite B, desenvolvida em Cuba. Segundo especialistas, tais oportunidades poderão surgir também para empresas suíças.

Segundo um estudo recente, os progressos da biotecnologia cubana resultam de um longo período de investimento em educação e em ciência.

Reforçar a colaboração

«Se existir a mínima possibilidade de reforçar concretamente a colaboração entre a Suíça e Cuba na área científica, nós o faremos”, sublinha Charles Kleiber.

O secretário de Estado para Educação e Pesquisa será recebido pelo ministro da Educação Superior, Fernando Venico Alegret, e pelo ministro das Relações Exteriores, Felipe Perez Roque.

Desde a viagem precendente, em dezembro de 2002, a Suíça cofinancia dois projetos em Cuba, no setor de oncologia e de urbanismo. Charles Kleiber abordará a possibilidade de ampliar a mobilidade de estudantes e doutorandos cubanos.

swissinfo

Em 1962, os Estados Unidos decretaram um embargo político e econômico contra Cuba, em vitor até hoje.

Cuba tornou-se um dos centros mais avançados de pesquisa em biotecnologia e já apresentou ou detém mais de 400 patentes nesse setor.

Desde 1997, a Suíça participa de projetos de ajuda humanitária e de desenvolvimento em Cuba. No ano passado, o orçamento desses projetos foi de 4,2 milhões de francos suíços.

Em 1998, o presidente Fidel Castro esteve na Suíça.

Cuba é freqüentemente denunciada por violação dos direitos humanos, particularmente de repressão política.

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