Envolvimento da Suíça na ONU elogiado por Annan
A adesão da Suíça à ONU seria bem-vinda, disse o secretário geral da ONU, Kofi Annan, ao chanceler Joseph Deiss. Annan agradeceu o comprometimento da Suíça com organizações da ONU. E Deiss por outro lado apoiou projeto de um tribunal penal internacional
A Suíça e o Vaticano são os únicos países do mundo for a das Nações Unidas. Em 1986 o povo votou contra uma adesão à ONU, mas neste ano o governo lançou nova campanha de adesão. O povo deve votar novamente sobre a questão em 2002, havendo indícios de que desta vez dirá sim.
O ministro suíço das Relações Exteriores que se encontra em Nova York para participar da Assembléia Geral da ONU explicou as intenções da Suíça ao secretário geral da ONU, Kofi Annan, que se derramou em elogios ao envolvimento suíço nas diferentes organizações intenacionais das Nações Unidas que aliás tem sua sede européia em Genebra, em território suíço.
A Suíça é também um importante contribuinte para o orçamento da organização, até porque a parcela é calculada em função do PIB.
Deiss aproveitou-se do encontro para convidar Annan a uma visita oficial à Suíça no ano que vem. Seria uma ocasião para “mostrar aos suíços o que é a ONU, o papel que o país exerce na entidade e o que poderia ter se fosse membro de plenos direitos”, enfatizou o ministro Deiss.
Por outro lado, na quarta-feira, o chanceler suíço participou em Nova York de uma reunião organizada pelo Canadá destinada a apoiar o projeto de um Tribunal Penal Internacional permanente. Até porque esse tribunal permitiria completar o dispositivo das Convenções de Genebra, de que o governo é depositário.
O revolucionário projeto de um permanente Tribunal Penal foi adotado dois anos atrás numa conferência internacional, realizada em Roma. Cento e nove países o assinaram, mas ele precisa ser ratificado por 60 nações para entrar em vigor. Até agora apenas 19 o fizeram.
A ratificação suíça está prevista para o ano que vem. Mas o projeto tem um oponente de peso, os Estados Unidos que não admitem que seus cidadãos possam ser levados a julgamento perante um tribunal internacional.
Swissinfo com agências.
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