Gazprombank vai acabar com as operações na Suíça

A sede da Gazprombank Suíça em Zurique. O banco russo tinha sido um dos últimos canais remanescentes para o financiamento dos fluxos comerciais entre a Rússia e a Suíça. © Keystone / Ennio Leanza

O Gazprombank da Rússia decidiu deixar de operar na Suíça após "uma revisão estratégica de várias opções", declarou o banco na segunda-feira.

O banco tinha sido um dos últimos canais remanescentes para financiar os fluxos comerciais entre a Rússia e a Suíça porque outros grandes bancos russos estão sujeitos a sanções por causa da invasão russa da Ucrânia.

“A decisão é o resultado de uma análise estratégica aprofundada e está sendo tomada em estreita consulta com a Autoridade Supervisora do Mercado Financeiro Suíço”, disse o presidente do conselho do Gazprombank, Ivan Dun, em uma declaração.

As relações comerciais existentes serão encerradas ou encaminhadas a parceiros bancários externos nos próximos meses, disse o Gazprombank.

O banco russo havia lançado uma revisão estratégica no verão e uma busca por investidores para comprar o negócio baseado em Zurique. O banco estava operando na Suíça desde 1966 e sob o nome Gazprombank (Suíça) desde 2009.

Seus negócios na Suíça, que emprega cerca de 80 pessoas, são principalmente ativos no comércio e no financiamento de exportações, inclusive ajudando grupos industriais suíços a financiar exportações para a Europa Oriental.

Também financiou a extração, transporte e processamento de matérias-primas da Rússia para a Europa Ocidental para comerciantes de commodities.

A Gazprombank ainda não sentiu a força total das sanções ocidentais após a invasão da Rússia na Ucrânia. Mas alguns países europeus têm pressionado para que o banco seja expulso do sistema SWIFT na próxima rodada de sanções da UE. Há relatos de que os EUA também poderiam visar o Gazprombank com sanções de bloqueio total.

Outro banco russo, o Sberbank, fez recentemente as manchetes na Suíça. A filial suíça do Sberbank da Rússia foi vendida para a empresa holding m3 Groupe com sede em Genebra, liberando o banco da supervisão intensiva do regulador financeiro suíço, segundo noticiado no mês passado.

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