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Indústria suíça se prepara para o impacto do coronavírus

Two masked people behind Chinese flag
A China encontra-se virtualmente em estado de sítio para conter o surto de coronavírus. Keystone / Alex Plavevski

Várias indústrias suíças e o setor de turismo doméstico estão se preparando para uma crise causada pela epidemia de coronavírus. A China é o terceiro maior parceiro comercial da Suíça, atrás da União Europeia e dos Estados Unidos.

A China recorreu a um bloqueio virtual em uma tentativa de conter o contágio que infectou mais de 30.000 pessoas e matou mais de 600 até o momento desta edição (os números devem aumentar nas próximas horas). A Swiss International Airlines e sua controladora Lufthansa suspenderam seus vôos de e para Pequim e Xangai até o final do mês, afetando também outros destinos.

As empresas suíças que operam na China continental foram forçadas a reduzir ou suspender a produção, pois os funcionários são obrigados a ficar em casa. A empresa de engenharia ABB fechou todas as fábricas em seu segundo maior mercado, que representou 15% – ou US$ 4 bilhões (CHF 3,9 bilhões) – de sua receita global no ano passado.

As indústrias química e farmacêutica também foram atingidas, segundo o jornal Neue Zürcher Zeitung. O diário zuriquenho relataLink externo que uma nova fábrica construída pela empresa de produtos químicos Zofinger está fechada desde 25 de janeiro.

Muitos dos 7.000 funcionários da Novartis e os 10.000 empregados da Roche na China foram forçados a trabalhar em casa, e não em laboratórios. Mas as duas multinacionais dizem ter planos para lidar com essas emergências.

O órgão que representa os setores suíço de engenharia elétrica, ferramentas de precisão e construção de máquinas disse à swissinfo.ch que alguns membros foram forçados a suspender a produção, mas que era muito cedo para calcular o impacto dessas interrupções no comércio.

Turistas e relógios

De janeiro a setembro de 2019, a China absorveu mais de 15 bilhões de francos suíços das exportações suíças, enquanto as mercadorias que viajam para o outro lado totalizaram cerca de 11 bilhões de francos suíços. Quanto mais a epidemia se prolongar, maior o risco de esses números serem afetados este ano.

As autoridades de turismo suíças esperam, nas próximas semanas, uma queda de 30 a 50% no número de visitantes chineses, que são excelentes consumidores de produtos suíços. Com base nos números de 2018, isso pode representar uma perda de 70.000 a 100.000 dormidas por mês.

As exportações de relógios suíços, que já sofreram com os distúrbios de Hong Kong no ano passado, também podem sofrer um impacto. A maior fabricante de relógios da Suíça, a Swatch, cancelou sua feira de relógios “Time to Move”, que estava programada para ocorrer no final deste mês em Zurique, por causa do coronavírus.

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swissinfo.ch/ets

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