Suíça pede “medidas urgentes” para reduzir riscos nucleares

Um míssil balístico intercontinental Yars sendo testado como parte das perfuratrizes nucleares da Rússia a partir de um local de lançamento em Plesetsk, noroeste da Rússia, em 26 de outubro de 2022. Russian Defense Ministry Press Service

A Rússia anunciou planos para estacionar armas nucleares táticas em Belarus, aumentando um impasse com o Ocidente. A Suíça diz que devem ser tomadas medidas urgentes para reduzir qualquer risco ligado às armas atômicas.

“Uma guerra nuclear nunca pode ser ganha e nunca deve ser travada”, disseLink externo Nicolas Bideau, chefe de comunicações do Ministério das Relações Exteriores da Suíça (DFAE), no domingo.

“A Suíça está pedindo medidas urgentes para reduzir qualquer risco relacionado a tais armas”.

A OTAN criticou Vladimir Putin por retórica nuclear “perigosa” depois que o presidente russo anunciou os planos no sábado.

“A retórica nuclear russa é perigosa e irresponsável”, disse no domingo a porta-voz da OTAN, Oana Lungescu.

A OTAN está vigilante e estamos acompanhando de perto a situação. Não vimos nenhuma mudança na postura nuclear da Rússia que nos levasse a ajustar a nossa”.

Putin comparou seu plano em Belarus no sábado aos Estados Unidos estacionando suas armas na Europa, insistindo que a Rússia não violaria suas promessas de não-proliferação nuclear.

O chefe de segurança da Ucrânia, Oleksiy Danilov, disse que o plano da Rússia desestabilizaria Belarus, que segundo ele foi tomado “como refém” por Moscou.

Outros países que condenaram o plano de Putin incluíram a Lituânia, que disse que exigiria novas sanções contra Moscou e Minsk, enquanto o chefe da política da União Europeia, Josep Borrell, exortou Belarus a não receber as armas e ameaçou com mais sanções.

A Campanha Internacional para Abolir as Armas Nucleares (ICAN), sediada em Genebra, disse que os planos da Rússia de implantar armas nucleares em Belarus representam uma “escalada extremamente perigosa”.

Isto aumenta a probabilidade de que tais armas sejam utilizadas, disse no sábadoLink externo a organização ganhadora do Prêmio Nobel. No contexto da guerra da Ucrânia, ela “complica a tomada de decisões e aumenta o risco de erros de cálculo, de comunicação e de acidentes potencialmente catastróficos”.