Marmotas suíças se comunicam em dialetos regionais

As marmotas suíças e os seres humanos compartilham uma rendição para se comunicarem no dialeto local. Keystone / Dominic Steinmann

Sabe-se que os falantes de suíço-alemão convergem em dialetos regionais distintos, mas o fenômeno agora se estende às marmotas - um roedor comumente encontrado nas regiões alpinas.

Um estudo de diferentes grupos de marmota nos cantões de Berna e dos Grisões descobriu que seus sinais de alerta eram únicos para cada região.

Seus assobios são emitidos com diferentes frequências, duração e sequências, de acordo com a pesquisa. As marmotas na região do Münsterthal, nos Grisões, no sudeste da Suíça, são mais “falantes” do que seus primos no cantão central de Berna.

A topografia de cada ambiente pode explicar os diferentes dialetos, explica a pesquisadora Sarah Marmorosch. Münsterthal tem uma paisagem mais montanhosa, o que cria ventos mais fortes.

“É possível que as marmotas dos Grisões tivessem que adaptar suas chamadas ao seu ambiente mais ventoso e, portanto, mais alto”, disse ela à emissora pública SRF.

Mas Marmorosch também especula que os dialetos podem ter razões genéticas ou que erros repetidos de chamada por indivíduos foram aprendidos por jovens e transmitidos de geração em geração.

Mais pesquisas estão planejadas para identificar as verdadeiras razões por trás dos dialetos marmorais locais.

As marmotas são um tipo de esquilo terrestre que pode ser encontrado na Europa, Ásia e América do Norte.