Mês europeu da música contemporânea em Basiléia

Com um programa sobretudo de música do século XXI, uma centena de obras foram encomendadas a compositores jovens e orquestras de música contemporânea.
Há 6 anos, a União Européia havia convidado a região de Basiléia (noroeste da Suíça) para organizar um mês de cultura européia. Porto sobre o rio Reno, a cidade está desde sempre imersa na vida cultural do Velho Continente. Conhecida por acompanhar a evolução das artes, Basiléia aceitou o convite e organizada, em novembro, o “Mês Europeu da Música”.
Cidade perdeu mecenas
“Basiléia é conhecida por seu interesse pelas artes contemporâneas, mas a música – uma das grandes tradições da cidade – talvez tenha perdido importância com a morte do mecenas e maestro Paul Sacher. Por isso decidimos dedicar um mês à música contemporânea européia”, declarou à swissinfo Toni Krein, um dos diretores do evento.
Último grande mecenas europeu, o multimilionário suíço de Basiléia, Paul Sacher (1906-1999) foi um dos maiores impulsionadores da música européia do século XX. Findador e diretor de orquestras, Sacher protegeu muitos muitos compositores e criou centros de estudo de música antiga e arquivos de música contemporânea.
Música esquecida
Para o evento foram encomendadas 100 obras, entre elas 50 criações novas, a 80 jovens compositores europeus. “Queríamos incluir apenas obras do século XXI”, afirma Toni Krein. “Os programas de concertos abandonaram a música contemporânea e achamos necessário informar o público que a música atual não é a mesma dos anos 50 ou 60”, acrescenta.
Uma obra multimídia para grande orquestra e vídeofilme, composta pelo norte-americano Michael Gordon, nova música para teatro e música eletrônica ao vivo são alguns exemplos do programa de Basiléia.
Entre os intérpretes estão o Conjunto Intercontemporâneo, de Paris, o Conjunto Moderno, de Francfurt, o Dlang Forum, de Viena e a London Sinfonietta.
O “Mês Europeu da Música” também inclui seminários, ensaios em público e atividades de pedagogia musical em jardins de infância, escolas, clínicas, asilos, prisões e no estádio de futebol San Jakob.
Jaime Ortega/swissinfo

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