A Era Mesozóica deve seu nome à cordilheira que separa a Suíça da França no oeste.
Este conteúdo foi publicado em
3 minutos
Sou um jornalista baseado em Lugano, formado na parte francófona da Suíça. Meu nome revela as origens da família. Trabalhei para jornais locais como o Corriere del Ticino e o Giornale del Popolo. Depois de cobrir política, passei para as notícias diárias. E da mídia impressa à digital. Gosto da idéia poder contar um pouco da Suíça italiana para o resto da Suíça e o mundo.
A Suíça está geralmente associada aos Alpes, a cordilheira mais alta da Europa. Entretanto, elas não são as únicas montanhas desse país central: formando um arco entre os cantões de Genebra e Basileia, na fronteira franco-suíça, está o maciço do Jura.
O que poucas pessoas sabem, mesmo os que conhecem o Jura, é que, além de ser a origem do nome de um cantão suíço, o termo “Jurássico” também se deriva de “Jura”.
O Jurássico, entendido como um nome próprio e não apenas como um adjetivo, está junto com o Triássico e o Cretáceo, um dos três períodos que compõem a Era Mesozóica, entre o Paleozóico e o Cenozóico, ou seja, aproximadamente entre 250 e 65 milhões de anos atrás.
Origem celta do nome
O nome deste período histórico particular (Jurássico) deve-se à grande quantidade de calcário deste período encontrado na fronteira entre a França, Alemanha e Suíça. A palavra “Jura”, por sua vez, deriva da raiz celta “jor” (latinizada em Juria), que significa floresta, em referência às exuberantes florestas que cobriam as montanhas da região.
Ainda hoje, 47% do território do Jura suíço é coberto por florestas, 43% são terras agrícolas, e apenas 8% da área tem algum assentamento.
10% do território suíço
Além de cobrir territórios franceses e alemães, a cordilheira do Jura se estende por vários cantões no oeste da Suíça, principalmente Genebra, Vaud, Neuchâtel, Berna, Jura, Soloturno, Basileia-campo e Argóvia. O Jura também faz fronteira com a região do Planalto a leste e cobre 10% da área total da superfície da Suíça. Aos seus pés estão alguns dos maiores lagos do país: o lagos de Genebra, Bienne e de Neuchâtel.
O pico mais alto do Jura suíço também encontra-se no cantão de Vaud: o Mont Tendre, a 1.679 metros. O Dôle (1.677 metros) é a montanha mais ocidental da Suíça e de seu cume se pode ver o Lago de Genebra e os Alpes.
Encantos de Chasseral e Creux-du-Van
As maiores atrações turísticas do Jura suíço é o Chasseral e a face rochosa de Creux-du-Van, que mais lembra uma gigantesca cratera. A uma altitude de 1.607 metros, o Chasseral forma um cume contínuo que domina a paisagem do Jura. De seu cume, pode-se ver as montanhas do departamento francês Franches-Montagnes, o planalto suíço e os Alpes.
Finalmente, na fronteira entre Cantão Neuchâtel e Cantão Vaud está o Creux-du-Van, um vale fechado de dimensões imponentes. Suas paredes rochosas atingem uma altura de 160 metros e coroam uma bacia de quatro quilômetros de comprimento e um quilômetro de largura.
Adaptação: Alexander Thoele
Mais lidos
Mostrar mais
Política suíça
Pesquisa aponta que Suíça permanece profundamente dividida com relação à UE
Como evitar que a inteligência artificial seja monopolizada?
Como evitar o monopólio da IA? Com o potencial de resolver grandes problemas globais, há risco de países ricos e gigantes da tecnologia concentrarem esses benefícios. Democratizar o acesso é possível?
Este conteúdo foi publicado em
Resultado de um esforço coletivo dos 26 cantões (estados), La Via Svizzera circunda o Lago Urnersee – um braço do Lago dos Quatro Cantões – e passa por locais históricos e turísticos. O Caminho da Suíça foi criado pelos cantões por ocasião das comemorações dos 700 anos de fundação da Confederação Helvética. A trilha custou…
Este conteúdo foi publicado em
A primeira coisa que os visitantes do laboratório de montanha do Mont Terri em St. Ursanne, no cantão do Jura, percebem ao descer com o elevador é o túnel escuro que leva trezentos metros abaixo da superfície. A rocha é úmida graças aos diversos vazamentos de água. Continuando o trajeto, as paredes do túnel se…
Este conteúdo foi publicado em
São as pegadas de grandes dinossauros mais antigas do mundo. Elas se encontram em uma escarpa vertical. “O dinossauro não usava garras de ferro (como as usadas pelos alpinistas) entre 205 e 210 milhões de anos atrás. Isto nós teríamos visto”, comenta brincando o paleontólogo Christian A. Meyer, do Museu de História Natural da Basileia.…
Este conteúdo foi publicado em
Segundo as primeiras estimativas, o animal deixou sua marca em uma rocha que se situava então à beira-mar, na era geológica do Trias, entre 200 e 210 milhões de anos atrás. Rico Stecher, professor secundário em Chur, capital do cantão dos Grisões (leste da Suíça) descobriu as pegadas de dinossauro no ano passado. Elas se…
Não foi possível salvar sua assinatura. Por favor, tente novamente.
Quase terminado… Nós precisamos confirmar o seu endereço e-mail. Para finalizar o processo de inscrição, clique por favor no link do e-mail enviado por nós há pouco
Participe da discussão