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Nicaraguenses na Costa Rica pedem ao Acnur apoio em saúde e emprego

Nicaraguenses residentes na Costa Rica manifestam-se em frente à sede do Acnur em San José afp_tickers

Nicaraguenses que fugiram do governo de Daniel Ortega e solicitam asilo na Costa Rica pediram nesta quinta-feira ao Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) apoio para receberem atendimento médico e conseguirem emprego durante seu exílio.

Os nicaraguenses entregaram ao Acnur uma carta com seus pedidos, que incluem o registro no seguro social da Costa Rica, que lhes garante atendimento médico, e documentos de identidade que lhes permitam conseguir emprego.

“O Acnur recebeu 4,5 milhões de dólares para assegurar 5 mil ou 6 mil solicitantes de asilo na Costa Rica, mas não temos seguro”, reclamou a enfermeira nicaraguense Ana Hernández ao chegar à sede do órgão da ONU em San José. “Algumas pessoas foram asseguradas, mas não sabemos que critérios o Acnur usa.”

Em resposta enviada à AFP, o escritório do Acnur em San José informou que a pandemia agravou “as condições de vulnerabilidade dos solicitantes de asilo e refúgio” no país, o que levou a organização a reforçar seus programas de assistência. Também indicou que, a partir de um convênio com o seguro social da Costa Rica, foi possível oferecer seguro médico a 6 mil refugiados e solicitantes de refúgio com o financiamento do Acnur.

A Costa Rica teve nas últimas décadas uma população de cerca de 400 mil nicaraguenses, mas a cifra cresceu após a perseguição gerada pelos protestos de 2018 contra Ortega, que levou dezenas de milhares de pessoas a buscar refúgio no sul da fronteira. Um estudo feito no ano passado pela Fundação Arias para a Paz e o Progresso Humano revelou que a grande maioria dos exilados não têm emprego na Costa Rica.

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