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Procuradoria do Peru investiga morte de apoiador do candidato de esquerda Castillo

Apoiadores do candidato presidencial de esquerda pelo partido Peru Livre, Pedro Castillo, marcham em Lima, em 26 de junho de 2021 afp_tickers

O Ministério Público do Peru iniciou uma investigação nesta quarta-feira (30) sobre a morte de um apoiador do candidato de esquerda Pedro Castillo, que superou Keiko Fujimori, de direita, no segundo turno das presidenciais em 6 de junho e espera ser proclamado vencedor após a revisão das atas contestadas por sua rival.

“A procuradoria iniciou as diligências para esclarecer as causas da morte de Sacarías Meneses, para que também sejam recolhidos depoimentos de familiares e supostas testemunhas dos fatos que são objeto da investigação”, informou o MP pelo Twitter.

Simpatizantes de Castillo e Fujimori travaram uma briga em 24 de junho na sede do Júri Nacional Eleitoral, onde estão sendo analisados os votos contestados pela candidata de direita.

A morte do partidário desencadeou versões contraditórias entre os seguidores de Castillo, que dizem que se trata de um crime perpetrado por grupos de choque da direita, enquanto a polícia afirma que a vítima nunca esteve no protesto.

Castillo foi ao velório de seu seguidor, onde frisou que ele havia morrido “em defesa de seu voto”, questionado por seus adversários.

A polícia descartou a versão do crime, o que alimentou a tensão que prevale há três semanas diante da incerteza sobre quem ganhou a eleição.

“Posso dizer que foi totalmente descartado que se trate de uma morte criminosa ou uma morte violenta ou intencional”, disse à imprensa o chefe de polícia César Cervantes.

Segundo a polícia, a vítima morreu no dia 28 de junho no hospital Dos de Mayo, em Lima, onde estava internado desde 22 de junho.

O hospital Dos de Mayo informou que Sacarías Meneses morreu por complicações de uma “doença crônica progressiva”.

A contagem oficial da votação, que chegou a 100% há duas semanas, deu a Castillo 50,12% dos votos contra 49,87% de Fujimori, mas a candidata pediu a revisão de milhares de votos.

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