Suíços querem mais serviços digitais do Estado
A digitalização está aumentando a pressão sobre o governo, com quase três quartos dos suíços exigindo mais serviços digitais das autoridades, de acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria Deloitte.
Seja para pagar multas de estacionamento ou para obter adesivos de pedágio nas rodovias, os suíços querem poder lidar com tais serviços on-line. Um terço dos entrevistados poderia até imaginar se casar por videoconferência.
A grande maioria da população gostaria de ver soluções digitais harmonizadas em toda a Suíça, como por exemplo para a transmissão eletrônica de dados fiscais, registro e cancelamento de registro em seu local de residência, ou para identificação eletrônica via documento de identidade digital.
Entretanto, três quartos dos entrevistados não estão dispostos a pagar mais por esses serviços digitais. Somente para a opção de poder pedir um passaporte ou carteira de identidade on-line, uma pequena maioria sinalizou sua vontade de pagar.
Preocupações
Os entrevistados expressaram grande preocupação com a proteção de dados e a segurança cibernética - o maior obstáculo para a população fazer maior uso dos serviços digitais do Estado. De acordo com Reto Savoia, CEO da Deloitte Suíça, estas preocupações devem ser levadas a sério, especialmente antes da votação nacional sobre a identidade eletrônica em 7 de março de 2021.
No ano passado, 87% dos entrevistados de uma pesquisa disseram que queriam que o Estado não apenas verificasse um sistema nacional de identidade eletrônica, mas também o controlasse. Cerca de 80% também disseram que queriam usar a identidade eletrônica em documentos legais.
A pandemia da Covid não enfraqueceu a confiança nos serviços digitais. Pelo contrário, três quartos da população não haviam mudado de opinião. Para 10%, a confiança tinha até aumentado, especialmente entre os jovens e nas grandes cidades.
A pesquisa da Deloitte foi realizada na segunda quinzena de maio de 2020. É representativa por idade, sexo e região, segundo a empresa, que pesquisou 1.500 pessoas de 16 a 64 anos em economicamente ativas e que vivem na Suíça.

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