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Estudo sobre tratamento contra o Alzheimer apresenta resultados encorajadores

Atividade com pacientes com doença de Alzheimer no Copper Ridge Care Center em Sykesville, Maryland, em 23 de outubro de 2009 afp_tickers

A empresa biofarmacêutica suíça AC Immune apresentou, nesta terça-feira (31), resultados encorajadores de testes clínicos sobre um estudo de tratamento para a doença de Alzheimer, em um estágio intermediário de pesquisa.

Em um estudo de fase II, que corresponde ao estágio intermediário dos ensaios clínicos, o tratamento experimental denominado semorinemab demonstrou uma redução de 43,6% no declínio cognitivo após 49 semanas em pacientes leves a moderadamente afetados pela doença, informou a empresa em um comunicado.

O segundo principal critério de avaliação do estudo, que diz respeito à perda funcional nas atividades diárias, não foi atingido, afirma esta empresa biofarmacêutica especializada em doenças neurodegenerativas.

Intitulado Lauriet, este estudo realizado em parceria com a Genentech, subsidiária americana da gigante farmacêutica suíça Roche, busca avaliar esse tratamento que visa uma parte da proteína tau.

Nas taupatias (doenças neurodegenerativas), como a doença de Alzheimer, a proteína tau apresenta funcionamento anormal e forma emaranhados que causam dano celular e, em última instância, morte neuronal.

Supõem-se que a proteína tau anormal se espalha entre os neurônios, envolvendo progressivamente mais áreas do cérebro.

O semorinemab, um anticorpo monoclonal antitau experimental, foi desenvolvido para se ligar à tau e reduzir sua disseminação entre os neurônios, explica a empresa suíça no comunicado.

No estudo, esse tratamento é avaliado em relação a um placebo entre 272 pessoas distribuídas em 43 centros de pesquisa em todo o mundo.

“Esta é a primeira vez que observamos um efeito terapêutico do tratamento com anticorpos monoclonais antitau”, acrescentou.

“Apesar desses resultados interessantes, continuamos cautelosos sobre o que isso pode significar para os pacientes”, ponderou.

E observou que “este ensaio em pequena escala é relativamente curto” e durou 49 semanas quando a doença de Alzheimer é uma doença crônica de início lento.

/vog/eg/pc/mr

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