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Justiça argentina admite morte suspeita de Nisman

(Arquivo) O promotor Alberto Nisman, em Buenos Aires, no dia 20 de maio de 2009 afp_tickers

Um tribunal argentino aceitou nesta terça-feira a hipótese de crime na morte do promotor Alberto Nisman, que investigava o atentado contra a associação judaica AMIA, em 1994, informou o site do poder judiciário CIJ.

A decisão implica em passar as investigações da juíza penal Fabiana Palmaghini para outro magistrado, da alçada federal.

Até o momento, a hipótese mais aceita era a de suicídio, mas finalmente vingou a posição dos familiares do promotor, que afirmam que Nisman foi vítima de um homicídio.

“Podemos concluir que existem razões mais que plausíveis para poder dar crédito à hipótese máxima, para supor que a morte também pode ser resultado da atividade de terceiros devido à sua função”, avaliou a Câmara de Apelações em sua resolução.

Nisman foi encontrado morto no banheiro de seu apartamento, com um tiro na cabeça, no dia 18 de janeiro de 2015. A arma a seu lado pertencia ao especialista em informática Diego Lagomarsino, colaborador e amigo do promotor, que informou ter lhe emprestado a pistola.

Quatro dias antes de sua morte, Nisman acusou a então presidente, Cristina Kirchner, de acobertar ex-governantes iranianos imputados pelo ataque à AMIA, e se preparava para depor no Congresso.

Cristina Kirchner promoveu em 2013 um acordo com Teerã para criar uma comissão internacional de juristas destinada a investigar o ataque à AMIA, no qual 85 pessoas morreram e outras 300 ficaram feridas.

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