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Começa interconexão de aplicativos de rastreamento de covid na UE

Seis países da UE começaram a testar um novo serviço que junta seus aplicativos de restreamento da covid-19 afp_tickers

Os aplicativos de rastreamento de casos de coronavírus da Alemanha, Irlanda e Itália estão agora interconectados como parte de um sistema que pode abranger um total de 20 países europeus, anunciou a Comissão Europeia nesta segunda-feira (19).

O sistema que permite essa interconexão não funciona com aplicativos baseados em um protocolo “centralizado”, como os estabelecidos na França e na Hungria.

O novo sistema desenvolvido pela Comissão Europeia, operacional após uma fase de testes em setembro, limita-se apenas aos chamados aplicativos “descentralizados”, já instalados em 17 países da UE e previstos em outros três.

Os primeiros aplicativos a ficarem online – “Corona-Warn-App” na Alemanha, “COVID tracker” na Irlanda e “Immuni” na Itália – foram baixados por cerca de 30 milhões de pessoas, ou dois terços de todos os downloads de aplicativos de rastreamento na UE, de acordo com o executivo europeu.

Um segundo conjunto de aplicativos estará disponível na próxima semana: os da República Tcheca, Dinamarca, Letônia e Espanha, enquanto outros serão adicionados em novembro, de acordo com a Comissão.

O sistema permite que os aplicativos funcionem além das fronteiras de cada país e que os usuários instalem apenas um aplicativo em vez de vários.

“A liberdade de circulação faz parte integrante do mercado único. Este sistema torna as coisas mais fáceis e ajuda a salvar vidas”, ressaltou o comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton.

“Como o número de casos começa a aumentar novamente, esses aplicativos podem desempenhar um papel importante para nos ajudar a quebrar as cadeias de transmissão”, disse a comissária da Saúde, Stella Kyriakides, que instou a população a usar essas ferramentas.

A interconexão de aplicativos permite que os usuários continuem se beneficiando do rastreamento de contatos e recebam alertas, seja em seu país de origem ou no exterior.

O compartilhamento de dados é reduzido ao mínimo e as informações são “protegidas, criptografadas e limitadas de forma pseudônima”, segundo a Comissão.

O executivo europeu emitiu recomendações aos Estados-membros para a implementação desses aplicativos, recomendando, em particular, que fossem instaladas de forma voluntária.

O governo português, por outro lado, já anunciou a intenção de pedir ao Parlamento que legisle com urgência para tornar obrigatória o aplicativo de fiscalização lançado no início de setembro no país.

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