Manifestantes se reúnem na Praça Itália no primeiro aniversário de protestos no Chile
Grupos de manifestantes começaram a se reunir na central Praça Itália, em Santiago, na manhã deste domingo (18), quando se comemora o primeiro aniversário do início dos protestos no Chile para exigir maior igualdade social.
Há grande expectativa no país para a forma como essa comemoração terminará, que ocorre uma semana antes da votação do plebiscito constitucional histórico, e a grande maioria da população defende uma manifestação pacífica e sem excessos, segundo várias pesquisas.
Vários grupos sociais convocaram uma manifestação pacífica para comemorar o primeiro ano do que o Chile chamou de “Surto Social”.
Desde cedo, grupos de manifestantes chegaram à central Plaça Itália, epicentro das manifestações durante todo esse ano, enquanto agitavam bandeiras, pulavam e gritavam slogans a favor de uma mobilização social para a realização de profundas reformas sociais.
A praça acordou cercada por carabineros (polícia militarizada chilena) e carros blindados.
O governo do presidente Sebastián Piñera – fortemente criticado desde o início dos protestos, esses os mais importantes em 30 anos de democracia – convocou uma manifestação pacífica e em respeito às medidas de proteção impostas por causa da pandemia da covid-19, que no Chile registra quase 490.003 casos e tem 13.588 mortes confirmadas.
Vários setores temem que se repitam as imagens de 18 de outubro de 2019, quando após um protesto que sugeria o não pagamento das passagens de metrô – realizado por alunos do ensino médio – o dia terminou numa noite de caos, com uma dezena de estações incendiadas, prédios atacados, roubos em lojas e confrontos violentos com a polícia.