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Fadiga crônica é uma doença biológica, não psicológica

A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um apelo nesta segunda-feira para que sejam utilizadas seringas de uso único, a fim de prevenir a propagação de doenças infecciosas fatais afp_tickers

A fadiga crônica é uma doença biológica e não psicológica, que pode ser identificada por marcadores no sangue – segundo um estudo publicado nesta sexta-feira que alimenta as esperanças de descoberta de tratamento.

A descoberta é “a primeira prova física sólida” de que esta síndrome é “uma doença biológica e não uma desordem psicológica” e que a enfermidade comporta “distintas etapas”, afirmam os autores da pesquisa realizada pela Escola Mailman de Saúde Pública, na universidade de Columbia.

O estudo foi publicado na revista especializada Science Advances.

Sem causa nem tratamento conhecidos, a síndrome da fadiga crônica, conhecida como encefalomielitis (ME/CFS), deixa os cientistas perplexos há tempos.

Além de um cansaço constante, provoca dores de cabeça e musculares e dificuldades para se concentrar.

“Agora temos a confirmação de algo que milhões de pessoas que sofrem com a doença já sabiam: a ME/CFS não é psicológica”, afirma Mady Hornig, professor associado em epidemiologia da Escola Mailman e principal autor do estudo.

“Nossos resultados devem acelerar o processo para estabelecer um diagnóstico (…) e descobrir novos tratamentos, já que pode se concentrar nesses marcadores sanguíneos”, acrescentou.

Os pesquisadores examinaram os níveis de 51 marcadores do sistema imunológico no plasma de 298 pacientes e 348 pessoas saudáveis.

Descobriram que o sangue dos pacientes que sofrem de fadiga crônica há três anos ou menos apresentavam níveis mais elevados de moléculas chamadas citoquinas, o que não ocorre com quem não tem a doença.

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