Zendaya: uma superestrela, não uma ‘rival’
Da indústria cinematográfica à moda, Zendaya emergiu como uma das maiores superestrelas de sua geração, graças a uma impressionante sequência de sucessos tanto nas telas quanto no tapete vermelho.
A americana de 27 anos protagonizou dois dos filmes mais comentados do ano até agora: “Rivais” e “Duna: Parte 2”. Em meio a uma agenda lotada, também foi uma das anfitriãs do prestigiado Met Gala de Nova York, no início da semana.
Seus dois excelentes trajes no evento anual de Manhattan viralizaram nas redes sociais e deixaram os críticos de boca aberta, referindo-se à Zendaya como um “ícone da moda”.
Este é mais um capítulo de sua carreira, que já foi a atriz mais jovem a ganhar um Emmy em uma série dramática, com “Euphoria”, lançou um álbum, protagonizou vários filmes da Marvel e se aventurou no campo da produção.
“Para mim, Zendaya tem mil anos. Ela já viveu várias vidas antes desta. E ainda assim, é tão jovem quanto a primavera”, disse o diretor de “Duna”, Denis Villeneuve, à revista Time em 2022.
“Ela é atemporal, ela pode fazer tudo”, acrescentou Villeneuve, que a antecipou como “um ícone cultural em processo”.
Zendaya Coleman, nascida na Califórnia em 1996, lutou com uma timidez extrema quando criança, contam seus pais, ambos professores. Depois de experimentar esportes, descobriu a paixão pelo teatro.
Sua mãe, Claire, tinha um segundo emprego em um teatro de Oakland. “Ela me implorava para levá-la aos ensaios técnicos”, lembrou durante uma entrevista em 2021.
Ao perceber como ela se transformava no palco, os pais de Zendaya decidiram levá-la para Los Angeles para fazer audições. Aos 14 anos, apareceu na série “No Ritmo”, do Disney Channel.
Seu sucesso continuou rapidamente ao lançar um álbum de pop em 2013, intitulado “Zendaya”, e estrelar nas telonas o blockbuster “Homem-Aranha: De Volta ao Lar”.
Ela participou do filme do famoso super-herói como MJ, a namorada de Peter Parker/Homem-Aranha, papel estrelado pelo ator inglês Tom Holland.
Enquanto a nova versão cinematográfica do Homem-Aranha gerava sequências, o casal se consolidava na história e na vida real.
– “Euphoria” –
Zendaya cresceu exponencialmente, mas foi seu papel na sombria série dramática da HBO “Euphoria” que a estabeleceu como uma estrela formidável e madura.
Seu papel como Rue, uma jovem que enfrenta vícios e lida com um comportamento autodestrutivo, lhe rendeu o Emmy de Melhor Atriz em Série Dramática aos 24 anos, prêmio que ela ganhou novamente dois anos depois.
Entre essas duas vitórias, Zendaya apareceu na primeira parte da trilogia de Villeneuve, “Duna”, interpretando uma personagem sem muitas aparições.
Seu papel cresceu na sequência lançada em março deste ano, que arrecadou 700 milhões de dólares (3,6 bilhões de reais) na bilheteria global.
Outro grande sucesso deste ano, lançado em abril, foi “Rivais”, no qual ela participou da produção e interpretou uma tenista prodígio que vive um triângulo amoroso envolvendo rivalidade, amizade e luxúria.
A atriz também cativou o público nos tapetes vermelhos de ambos os filmes com trajes temáticos. Os lançamentos de “Duna” contaram com roupas futuristas que chamaram a atenção, incluindo o conjunto robótico do designer francês Thierry Mugler, usado em Londres.
Para “Rivais” o estilista Law Roach a vestiu para a promoção do filme em Roma com peças icônicas como um calçado branco da Loewe, feito sob medida com bolas de tênis nos saltos.
– “Versão aceitável” –
Com sua carreira de atriz em alta, seu trabalho como cantora parece estar em pausa.
Em abril, quando perguntada sobre o assunto, Zendaya comentou vagamente que “talvez lance uma cançãozinha” no futuro.
Durante seus anos de adolescência na Disney, Zendaya insistiu na inclusão de uma família negra na série “Agente K.C.” e continua focada em questões de diversidade e representação.
Também tem apoiado a comunidade LGBTQIA+, e aos 21 anos, criticou abertamente os padrões de beleza na indústria do entretenimento.
“Em Hollywood (…) eu sou a versão aceitável de uma jovem negra, e isso precisa mudar”, disse Zendaya, filha de mãe branca e pai negro.
“Como uma mulher negra de pele clara, é importante que eu use meu privilégio, minha plataforma, para mostrar o quanto de beleza há na comunidade afro-americana”.
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