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Sete membros de uma família são assassinados no México

Oficiais vigiam local de confronto entre suspeitos e policiais em El Salto, México, em 23 de junho de 2022 afp_tickers

Sete pessoas da mesma família foram assassinadas no estado mexicano de Veracruz (leste), em um momento em que se intensificam as críticas à política de segurança do presidente de esquerda Andrés Manuel López Obrador.

Segundo o Ministério Público estadual, três mulheres e quatro homens, entre eles, um menor, foram baleados em casa no município de Boca del Río. Os corpos foram encontrados no domingo.

As vítimas “são integrantes da mesma família que se dedicava ao negócio de açougues por meio de uma rede de estabelecimentos”, disse à AFP uma fonte da Guarda Nacional sob anonimato.

As autoridades encontraram os corpos após a polícia receber uma denúncia sobre um ferido a bala na casa onde foi o massacre. O homem morreu a caminho do hospital, confirmou à AFP uma fonte da secretaria da Defesa Nacional.

O México enfrenta uma espiral de violência que já deixou 340 mil mortos desde 2006, quando foi deflagrada uma polêmica ofensiva antidrogas com a participação de militares.

A maioria das mortes é atribuída à organizações criminosas que atuam com tráfico de drogas, roubo de combustível, sequestro, extorsão, entre outros.

No sábado, um oficial do Exército morreu em meio a um intenso tiroteio durante uma operação que prendeu três supostos traficantes em Caborca (Sonora, noroeste) informou López Obrador nesta segunda-feira.

Segundo números oficiais, entre janeiro e maio foram assassinadas 12.737 pessoas no México.

As críticas à política de segurança se intensificaram depois que dois padres foram mortos dentro de uma igreja em uma comunidade indígena de Chihuahua, em 27 de junho. As lideranças católicas se uniram então à oposição.

Ao reportar a morte do oficial em Sonora, o presidente de esquerda voltou a defender sua política, focada em solucionar as causas estruturais da violência, como a pobreza.

“Estamos convencidos de que não é possível enfrentar a violência com violência”, reiterou sobre sua estratégia.

López Obrador negou que seu governo seja permissivo com cartéis e considerou “um erro grave, um crime, a declaração de guerra contra a delinquência” no início do governo do ex-presidente conservador Felipe Calderón (2006-2012).

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